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Foto do escritorJoka Madruga

Não vamos “assistir” a missa

Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas (...) e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em vos servir. Eles vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus e elevam a vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.”

(Oração Eucarística I, Missal Romano)

Foto: Joka Madruga/Fraterno72

A Lumen Gentium, ao falar do sacerdócio comum dos fieis, anuncia que, juntamente com o sacerdócio ministerial, todos os batizados participam – cada qual ao seu modo – no único sacerdócio de Cristo (cf. LG, 10).


Ora, quando assistimos a um filme, série ou partida de futebol nós não participamos do momento, propriamente; no máximo, torcemos a favor ou contra, sem que os protagonistas sequer saibam de nossa existência. Esta é a passividade do ouvinte.


Todavia, na liturgia é diferente. Liturgia é encontro e é memória, isto é, atualização de um mistério real e causa de nossa Salvação. Por isso que não pode ser um espetáculo assistido passivamente por alguns e executada majoritariamente por outros. Na liturgia, todo o povo é convocado e congregado para a escuta da Palavra e a renovação da aliança de amor com o Senhor.


Todos celebram juntos! Não há quem seja mais ou menos importante nas ações litúrgicas, mas todos o são, cada qual ao seu modo. Ademais, diz o documento conciliar que, na liturgia, todos façam tudo e somente aquilo que lhe compete (cf. SC, 28).


Enfim, não queiramos apenas “assistir” a missa, mas dela participar integralmente, celebrando em espírito e verdade, sendo hóstia viva (cf. LG, 10), oferecendo um culto espiritual agradável a Deus (cf. LG, 34) e participando de modo ativo, consciente e pleno (cf. SC, 14; 19). Mas para que nossa participação seja plena e renda frutos espirituais, não há espaço para invenções, exibicionismos e, sobretudo, devocionismos vazios. Participação é diferente de invenção! Vistamos a nossa camisa e tomemos o lugar que nos é próprio por direito: pelo batismo somos profetas, sacerdotes e reis.


Por Luis Gustavo da Silva Joaquim

Seminarista da Diocese de Jaboticabal/SP

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