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Foto do escritorJoka Madruga

As conversas do caminho: paixões ou serviço?

O maior é quem ama com o coração de Deus!

Após revelar sua identidade aos discípulos, Jesus os questiona sobre o conteúdo de suas conversas no caminho de Cafarnaum (Mc 9,35-37) e eles ficam calados pois, sem compreender as palavras do Mestre, falavam sobre quem seria o maior no reino. Muitos cristãos se julgam mais do que os outros por sua posição social e influência. Quantos excluem as classes simples e se autoproclamam membros da “boa sociedade” como se essa fosse a mais nobre. Tipos assim não fazem a diferença para Jesus. Ele prefere os anônimos que silenciosamente o servem sem esperar espetaculosas recompensas.


Os discípulos tinham a visão de que teriam os melhores lugares por acompanhar o Cristo. É sempre bom lembrar que o orgulho foi o motivo da queda de Adão e Eva. Agregado a isto vem a inveja e a rivalidade como fonte das desordens (Tg 3,16). O mal provém das paixões desordenadas que estão em conflito dentro de nós (Tg 4,1) e do desejo de poder, autossuficiência e destemperança. Toda essa força devastadora atrai o individualismo e provoca uma onda irreversível de ameaças e ciladas aos que incomodam (Sb 2,12).


Essa realidade denota a falta de comunhão com Deus e o desequilíbrio, pois quem está em paz sente-se iluminado pelo Espírito e não busca vaidades e lugares, não trama contra o próximo. “Só quem ama Deus de verdade não se lembra de si mesmo” (S. Gregório Magno) mas busca na humildade o caminho reto do serviço ao reino.


Os conteúdos de nossas conversas em muitas ocasiões nada tem de espiritual, sensato e comprometido com Jesus, mas perde-se a oportunidade de agradar a Deus e promover a vida com base na justiça e igualdade de direitos para os irmãos. Pessoas vazias falam de coisas e de pessoas, mas os cheios de Deus falam das graças e das obras de misericórdia que trazem dignidade e esperança.


A bondade é o bem supremo e render-se a ela é dialogar com Deus com maturidade. É preciso fazer-se criança para entender o coração do Pai. Custa muito ser o último e o que serve, porém, esse é convite de Jesus para abraçá-lo no aqui e agora. O maior é quem ama com o coração de Deus!


Paz e bênçãos!


Pe. Nilton Cesar Boni, cmf

Missionário Claretiano, sacerdote, formador do Filosofado Claretiano em Belo Horizonte/MG

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