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A missão de despertar vocações


Mais de mil pessoas conheceram as diversas vocações que a Igreja Católica oferece aos fiéis durante a 1ª Feira Vocacional da Faculdade Vicentina de Curitiba (FAVI), que reuniu no final de agosto - encerramento do Mês Vocacional -, o trabalho de 60 congregações religiosas, numa parceria com a Arquidiocese de Curitiba. Além do workshop, religiosos, jovens, adolescentes e pais também acompanharam momentos de oração, confissões e apresentações culturais. A FAVI, criada há 56 anos, oferece os cursos de Filosofia, Teologia e Propedêutico.


“Quando olhamos um evento como esse, vemos como é rica a nossa igreja diocesana em sua dimensão de carisma e serviço prestado por um grande número de congregações, pastorais e movimentos”, afirmou o diretor geral da FAVI, padre Ilson Luís Hübner. “A questão da vocações hoje passa por todo um processo diferente, porque não temos mais um padrão vocacional, como antigamente. Hoje o Senhor vai passando e as pessoas vão respondendo nas suas diferentes idades, para diferentes realidades”, acrescentou o diretor.


Por isso, segundo padre Ilson, a feira vocacional buscou apresentar de forma inovadora, em um ambiente fora da sala de aula, os carismas que constroem o Reino de Deus. Para o diretor, o grande desafio para a juventude, no campo das vocações, é confiar na providência divina e no chamado de Deus, sem esperar respostas imediatas. “O processo de discernimento vocacional nunca é rápido, talvez seja um processo da vida toda. É uma resposta diária ao convite ‘vem e segue-me’. É preciso confiar e aprender a esperar o tempo de Deus”.


Clero e leigos - Para o padre Leandro Maeski, diretor administrativo da FAVI, a feira vocacional buscou mostrar a beleza, a diversidade de dons e carismas da Igreja. “Foi um momento propício de refletir, discernir e quem sabe tomar uma decisão para a vida”, disse. “A faculdade tem a preocupação de formar bons sacerdotes e também o povo de Deus. Pensamos muito nos leigos, quando oferecemos cursos de graduação e pós-graduação, para que se sintam cada vez mais preparados a servir o Reino de Deus e suprir as necessidades da igreja”.


“A proporção que a feira vocacional tomou, com 60 congregações participantes e o grande público, comprova como a vocação é importante e toda missão relevante, seja do clero, seja dos leigos”, afirmou frei Maicon, da Ordem dos Freis Franciscanos Capuchinhos, que cursa o 2º no de Filosofia na FAVI. “Ver o sorriso dos adolescentes, a juventude encantada buscando informações sobre as vocações é a prova de que acertamos. A proposta não foi ver o jovem sair daqui com uma vocação, mas sim que se questionasse sobre sua missão”, completou.


“A feira nos deu trabalho, mas o resultado foi maior do que o esperado. É bonito ver o interesse de tantos jovens e adolescentes e como as paróquias de Curitiba e região compraram a ideia, entenderam a importância desse projeto. Isso só foi possível porque as paróquias motivaram suas pastorais para estarem conosco hoje conhecendo as vocações”, avaliou o coordenador do Curso de Propedêutico e Filosofia da FAVI, professor Edimar Brígido.


Carismas - Irmã Adriana, da congregação Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, atua no Serviço de Animação Vocacional Vicentino e participou da organização do workshop. “O principal propósito da feira foi ajudar os jovens a descobrir sua vocação, a discernir a vocação, e aqui eles puderam conhecer as diversas maneiras de seguir Cristo e descobrir seu lugar na Igreja”, afirmou. “Eu, pessoalmente, achei em algum momento que não era pra mim a vocação religiosa. Mas, ao conhecer a vocação, senti despertar em mim o chamado de Deus. E quando a gente descobre o que Deus quer de nós, a gente é feliz e essa alegria transparece”.


“A feira foi uma oportunidade de os jovens conhecerem os carismas da igreja, a vastidão que é o trabalho de evangelização, para que possam se encontrar dentro da igreja. Foi uma busca e um encontro”, avaliou o diácono Alisson, que também atua como animador vocacional vicentino. “Eu descobri o chamado de Deus durantes as missões num grupo de jovens, ao perceber que podia fazer mais dentro da Igreja”, lembra o diácono. Ele destacou a importância e os desafios do trabalho de animação vocacional.


“A animação é um serviço de muita responsabilidade, porque trabalhamos com pessoas, com a vida daqueles que decidem entregar a vida a Cristo”, afirmou Alisson. “Os desafios são grandes, não se trata de uma missão fácil, mas com confiança em Deus e entregando a ele nossos planos, tudo vai dar certo. “Precisamos ter em mente que eu posso convencer um possível vocacionado, mas se não for a vontade de Deus, essa pessoa não atenderá ao chamado”, acrescentou.


O seminarista da Congregação da Missão Icson Rodrigo, que cursa o primeiro ano de Teologia na FAVI, acompanhou a feira vocacional. Disse que o evento buscou integrar o público num ambiente onde fosse possível conhecer a diversidade de dons e carismas da Igreja. “Estamos muito contentes com o resultado. Vivemos aqui momentos de muita intensidade e fé, porque evangelizar também é formar”, afirmou Icson. O seminarista destacou ainda a necessidade de ter na Igreja, além do clero, também leigos bens preparados para o trabalho nas pastorais.


Por Rosângela Cavalheiro e Sandra Nassar/Pascom Curitiba

Fotos: Rosângela Cavalheiro








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