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Abusos: Papa pede reparação dos danos


"É preciso reparar os danos causados às gerações que nos precederam", disse o Papa Francisco em audiência nesta sexta-feira (5) com uma comitiva da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, que participa no Vaticano da segunda assembleia plenária do recém criado órgão.

Francisco elogiou o trabalho feito pela comissão – presidida pelo cardeal O’Malley - em seis meses de atividades, destacando a atenção especial às vítimas de abusos sexuais nos países mais pobres, “que sofrem em silêncio”. A comissão é formada por colaboradores do mundo todo, inclusive do Brasil.


O pontífice elogiou os planos de formação e de serviço às vítimas pensados para a América Latina, África e Ásia, pois demonstra que a Igreja está se esforçando para enfrentar as desigualdades com as outras áreas mais prósperas do planeta.


“O abuso sexual de menores pelo clero e a sua má administração pelos líderes eclesiásticos foram um dos maiores desafios para a Igreja do nosso tempo”, disse o Papa. “Muitos de vocês dedicaram a própria vida a essa causa. As guerras, a fome e a indiferença ao sofrimento dos outros são realidades terríveis do nosso mundo, são realidades que clamam ao céu. A crise dos abusos sexuais, no entanto, é particularmente grave para a Igreja porque prejudica a sua capacidade de abraçar plenamente a presença libertadora de Deus e de ser testemunha”, acrescentou.


Continuou Francisco: “a incapacidade de agir corretamente para deter esse mal e ajudar as suas vítimas deturpou o nosso próprio testemunho do amor de Deus. No 'Confiteor', nós pedimos perdão não apenas pelos erros que cometemos, mas também pelo bem que não fizemos. Pode ser fácil esquecer os pecados de omissão, porque, de certa forma, eles parecem menos reais; mas eles são muito concretos e ferem a comunidade tanto quanto os outros, se não mais".


Para o pontífice, o momento agora é de reparar os danos causados às gerações anteriores a nós e àqueles que continuam sofrendo. “Esta época pascal é um sinal de que um novo tempo está sendo preparado para nós, uma nova primavera fecundada pelo trabalho e pelas lágrimas compartilhadas com aqueles que sofreram. É por isso que é importante que nunca paremos de avançar. Vocês dediquem as suas habilidades e conhecimentos para ajudar a reparar uma ferida terrível na Igreja, colocando-se a serviço das várias Igrejas particulares. Desde a vida cotidiana de uma diocese, em suas paróquias e seminários, até a formação de catequistas, professores e outros agentes pastorais, a importância da proteção de menores e pessoas frágeis deve ser uma norma para todos", concluiu.


Com informações e imagem: vaticannews.va

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