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Sant'Ana é festejada no Paraná

Povo do município de Castro mostra sua devoção à avó de Jesus

Foto: Renato de Oliveira


Exatamente às 9 horas da manhã do feriado municipal de quarta-feira (26), dedicado à Senhora Sant'Ana, o espocar de fogos anunciava que dezenas de barqueiros cruzavam a última curva do rio Iapó, alguns metros antes da ponte férrea, trazendo no barco/madrinha a imagem da padroeira de Castro-PR, na Diocese de Ponta Grossa. Este ano, coube a José Wilson Hanesh a incumbência de escoltar a santa em seu barco.


Edson Zargiski, um eletricista de automóveis de 63 anos, estava entre os barqueiros. "Há 20 anos, participo da procissão de barcos. Fui convidado, na época, por Israel Babi (barqueiro já falecido). Numa dessas descidas, que reuniu mais de 60 barqueiros, eu tive o privilégio de descer o rio, trazendo Sant'Ana em minha embarcação. Uma emoção ímpar. É magnífico poder acompanhar a procissão pelo rio", contou emocionado.

Sob aplausos calorosos e gritos de ‘viva Sant'Ana’, a imagem foi colocada em um andor no ancoradouro da Prainha e seguiu em procissão até a matriz, subindo pela Rua Francisco Xavier da Silva. Uma missa presidida pelo padre Sandro José Brandt, pároco da matriz, e concelebrada por sacerdotes das quatro paróquias locais e diáconos, contou com ministros, coroinhas, acólitos e a comunidade em geral, que lotou a igreja.


Em sua homilia, padre Sandro Brandt convidou os fiéis devotos a prestarem atenção na riqueza da Palavra do Evangelho do dia. "Precisamos voltar nosso olhar para as bênçãos e graças de Deus em nossa vida. O mundo de hoje destaca mais o negativo do que o positivo. Mais de 200 pessoas se apresentaram para trabalhar nos festejos de Sant'Ana como voluntários nas mais diversas funções. Se isto não é uma graça de Deus, se isto não é um milagre de partilha e comunhão, eu não sei onde vamos encontrar o olhar de Deus", enfatizou.


Alfredo Mourão, morador de Ponta Grossa, que também celebra Sant'Ana, fez questão de participar da festa em Castro. "A cidade me remete a memórias afetivas. Este diferencial, que mistura o religioso com a parte cultural, é que me trouxe a esta cidade, para festejar e rezar com Sant'Ana. Vi aqui o sentimento de fé", disse. Mourão, hoje aposentado, teve destacada atuação no setor cultural de Ponta Grossa nas décadas de 80 e 90.


Avaliação

Terminada a celebração da centésima festa em louvor à padroeira de Castro, padre Sandro fez uma avaliação positiva de toda a festividade. “Todo o novenário foi bem participativo. O principal da festa é dar oportunidade para o povo rezar. O grande legado da centésima festa foi a participação familiar. Em relação à arrecadação da festa, vamos investir na restauração do salão paroquial, na manutenção da igreja e, sobretudo, na formação de nossos leigos", enfatizou.


Já para o diácono Adenilson Carneiro, que atua na Paróquia Sant'Ana, foi uma experiência rica. “Nestes dias de novenas, missas e festividades paralelas, pudemos viver intensamente a nossa fé. Muitas graças aconteceram na vida das pessoas. Para nós, como ministros ordenados, fomos ricamente recompensados pela participação da comunidade", avaliou.


Imagens

Nem mesmo o incidente registrado às vésperas do dia da festa - quando uma ave (jacu) entrou pela porta lateral e, depois de pousar sobre a coroa de ornamentação, acabou por derrubar a imagem – trouxe qualquer prejuízo à festa. A santa não sofreu nenhum dano. A mesma sorte não tiveram seis imagens de padroeiros de capelas do interior. Elas foram avariadas. Mas o próprio pároco Sandro fez questão de ressaltar que todas estão passando por restauração, feita por uma pessoa especializada. "Logo serão devolvidas, intactas, para as capelas", destacou padre Sandro Brandt.


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